sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os Miseráveis

Filme: Os Miseráveis
Título original: (Les Misérables)
Lançamento: 1998 (EUA)
Direção: Billie August
Atores: Liam Neeson, Geoffrey Rush, 
Uma Thurman,      Claire Danes.
Gênero: Drama

Resenha 
 Les Misérables (Os Miseráveis) é uma das principais obras escritas pelo francês Victor Hugo no século XIX. Uma história emocionante e envolvente, que nos leva ao século XIX, momento de transição histórica para a França, que sofre com conflitos políticos, revolta e manifestações populares. Tudo isso servindo como pano de fundo para uma história fascinante que relata com profundidade a injustiça social, nos faz pensar em nossos valores, conceitos e na triste condição humana de um indivíduo que precisa roubar para comer.

O filme na verdade tem três fases. A primeira é rápida, Valjean narra sua história ao Bispo e a sua vida muda a partir disso, a segunda parte passa depois de 9 anos e Valjean torna-se um próspero empresário, o prefeito da cidade e um homem respeitado pela sua bondade. A última parte traz um Valjean sendo perseguido por Javert. A história faz com que nos deparemos com uma inesperada lição de vida e ética, que nos são apresentados em 131 min.
O filme “Os Miseráveis” passa na França no início do século XIX e narra história de Jean Valjean, um homem preso por roubar um pão. Após cumprir 19 anos, ele é posto em liberdade condicional e procura abrigo e refeição na casa de um bispo. Alimentado e acomodado, à noite Valjean rouba a prataria do Bispo e bate nele. Logo ao amanhecer Valjean é pego pelos policias e questionado sobre as pratarias que encontram- se na sua bolsa, ele mente e diz que ele havia ganhado do Bispo. Ao ser procurado pelos policias, o Bispo, confirma que deu a prata a Valjean e ainda lhe dá dois castiçais, fazendo Valjean refletir sobre ser um novo homem. Depois de 9 anos, Valjean se torna um rico industrial e prefeito. Sua paz acaba quando Javert , um inspetor de polícia, que anteriormente foi um guarda da prisão onde Valjean esteve, o reconhece e tem quase certeza de que o prefeito é um ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências da liberdade condicional. Enquanto isso, Fantine, uma das empregadas da fábrica de Valjean é despedida por ser mãe solteira e se vê obrigada a se prostituir para enviar dinheiro para as pessoas que cuidavam de sua filha. Quando Javert a prende, Valjean  usa sua autoridade para libertá-la e a recebe em sua casa, pois ela está doente. Javert não consegue provar a verdadeira identidade do prefeito, porque outro homem, Carnot, é confundido com ele e está prestes a ser preso. Valjean vai ao tribunal e revela sua identidade. Quando ele visita Fantine  descobre que ela está gravemente doente e, sentindo que ela pode morrer promete criar a sua filha Cosette. Quando Fantine morre, Valjean escapa de Javert, resgata Cosette e foge com ela para Paris, sendo perseguido por Javert através dos anos. Em Paris, Cosette já moça se apaixona por um rapaz que se posicionava contra o governo, esse mesmo rapaz acaba levando Javert até Valjean. Valjean teve oportunidades de matar Javert, porém não o fez. Javert inconformado com tanta bondade, decreta liberdade á Valjean e se mata, jogando-se ao rio.
O filme faz uma forte crítica social, contrariando muitos pensadores, conclui que um homem não nasce necessariamente predestinado a ser mal, há assim mais de uma possibilidade para que seja decretado marginal. Pode ser incriminado sem que seja realmente criminoso, quando se comete um crime real por não ter outra escolha e quando escolhe o crime como forma de vida. Sem poder algum, os pobres estavam na margem da sociedade, e condenados a isto, não poderiam regenerar-se.
Tanto na obra de Vitor Hugo, quanto na adaptação para o cinema, observa-se a crítica de que o progresso material da sociedade não deve estar ligado à exclusão social. O pobre não pode ser excluído por não possuir patrimônio material ou cultural, porque o indivíduo não é aquilo que ele possui. Não é suficiente ser incriminado para ser realmente criminoso. Assim o criminoso pode ser a própria vítima do meio social onde vive.

Os miseráveis é uma obra fantástica e surpreendente que vale a pena ser vista e sentida, não somente para quem deseja absorvê-la e refleti-la, mas também como uma excelente opção de entretenimento, pois um bom filme  em qualquer ocasião é uma ótima diversão.

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