segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A construção dos sujeitos históricos: a experiência do grupo PIBID/História/CPAQ/UFMS.




RESUMO:

Percebendo a necessidade de levar novas abordagens  historiográficas para o educação básica, o PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID), do curso de História, Campus de Aquidauana, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), tem como objetivo aproximar a academia do ambiente escolar, conhecer qualitativamente a realidade de discentes e gestores da educação básica na Escola Municipal CAIC Antonio Pace, em Aquidauana/MS, assim como promover ações que envolvam os discentes e docentes do curso de graduação em História, referentes as abordagem  e metodologia na produção do conhecimento histórico. As atividades contam com a participação de oito discentes bolsistas, um docente da escola e dois professores do curso de graduação em Historia do CPAQ/UFMS. Formação de grupos, diagnóstico na escola, realização de encontros periódicos para estudos de textos, execução de atividades como oficinas e orientação de estudos junto a comunidade atendida, bem como criação de um blog para registro de informações são algumas das atividades programadas para o desenvolvimento do projeto. Com elas, pretende-se atuar diretamente na escola de educação básica, visando a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem em historia, a formação cidadã do corpo discente e, principalmente, a compreensão dos processos de construção dos sujeitos históricos. Assim sendo, é objetivo do presente banner apresentar as atividades do PIBID, do curso de história, do Campus de Aquidauana, da UFMS.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os Miseráveis

Filme: Os Miseráveis
Título original: (Les Misérables)
Lançamento: 1998 (EUA)
Direção: Billie August
Atores: Liam Neeson, Geoffrey Rush, 
Uma Thurman,      Claire Danes.
Gênero: Drama

Resenha 
 Les Misérables (Os Miseráveis) é uma das principais obras escritas pelo francês Victor Hugo no século XIX. Uma história emocionante e envolvente, que nos leva ao século XIX, momento de transição histórica para a França, que sofre com conflitos políticos, revolta e manifestações populares. Tudo isso servindo como pano de fundo para uma história fascinante que relata com profundidade a injustiça social, nos faz pensar em nossos valores, conceitos e na triste condição humana de um indivíduo que precisa roubar para comer.

O filme na verdade tem três fases. A primeira é rápida, Valjean narra sua história ao Bispo e a sua vida muda a partir disso, a segunda parte passa depois de 9 anos e Valjean torna-se um próspero empresário, o prefeito da cidade e um homem respeitado pela sua bondade. A última parte traz um Valjean sendo perseguido por Javert. A história faz com que nos deparemos com uma inesperada lição de vida e ética, que nos são apresentados em 131 min.
O filme “Os Miseráveis” passa na França no início do século XIX e narra história de Jean Valjean, um homem preso por roubar um pão. Após cumprir 19 anos, ele é posto em liberdade condicional e procura abrigo e refeição na casa de um bispo. Alimentado e acomodado, à noite Valjean rouba a prataria do Bispo e bate nele. Logo ao amanhecer Valjean é pego pelos policias e questionado sobre as pratarias que encontram- se na sua bolsa, ele mente e diz que ele havia ganhado do Bispo. Ao ser procurado pelos policias, o Bispo, confirma que deu a prata a Valjean e ainda lhe dá dois castiçais, fazendo Valjean refletir sobre ser um novo homem. Depois de 9 anos, Valjean se torna um rico industrial e prefeito. Sua paz acaba quando Javert , um inspetor de polícia, que anteriormente foi um guarda da prisão onde Valjean esteve, o reconhece e tem quase certeza de que o prefeito é um ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências da liberdade condicional. Enquanto isso, Fantine, uma das empregadas da fábrica de Valjean é despedida por ser mãe solteira e se vê obrigada a se prostituir para enviar dinheiro para as pessoas que cuidavam de sua filha. Quando Javert a prende, Valjean  usa sua autoridade para libertá-la e a recebe em sua casa, pois ela está doente. Javert não consegue provar a verdadeira identidade do prefeito, porque outro homem, Carnot, é confundido com ele e está prestes a ser preso. Valjean vai ao tribunal e revela sua identidade. Quando ele visita Fantine  descobre que ela está gravemente doente e, sentindo que ela pode morrer promete criar a sua filha Cosette. Quando Fantine morre, Valjean escapa de Javert, resgata Cosette e foge com ela para Paris, sendo perseguido por Javert através dos anos. Em Paris, Cosette já moça se apaixona por um rapaz que se posicionava contra o governo, esse mesmo rapaz acaba levando Javert até Valjean. Valjean teve oportunidades de matar Javert, porém não o fez. Javert inconformado com tanta bondade, decreta liberdade á Valjean e se mata, jogando-se ao rio.
O filme faz uma forte crítica social, contrariando muitos pensadores, conclui que um homem não nasce necessariamente predestinado a ser mal, há assim mais de uma possibilidade para que seja decretado marginal. Pode ser incriminado sem que seja realmente criminoso, quando se comete um crime real por não ter outra escolha e quando escolhe o crime como forma de vida. Sem poder algum, os pobres estavam na margem da sociedade, e condenados a isto, não poderiam regenerar-se.
Tanto na obra de Vitor Hugo, quanto na adaptação para o cinema, observa-se a crítica de que o progresso material da sociedade não deve estar ligado à exclusão social. O pobre não pode ser excluído por não possuir patrimônio material ou cultural, porque o indivíduo não é aquilo que ele possui. Não é suficiente ser incriminado para ser realmente criminoso. Assim o criminoso pode ser a própria vítima do meio social onde vive.

Os miseráveis é uma obra fantástica e surpreendente que vale a pena ser vista e sentida, não somente para quem deseja absorvê-la e refleti-la, mas também como uma excelente opção de entretenimento, pois um bom filme  em qualquer ocasião é uma ótima diversão.

Escritores da Liberdade

Filme: ESCRITORES DA LIBERDADE
Direção: Richard Lagravenese. 
Produção: Richard Lagravenese.  
 Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell, Freedom Writers. 
Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo; Jason Finn; Deance Wyatt.  
EUA/Alemanha, 2007.
Duração: 123 min. 
Genero: Drama


Resenha: Escritores da Liberdade 


Richard Lagravenese tem 48 anos, nasceu em 30 de Outubro de 1959 nos EUA, é produtor e tem vários longa metragem, como: P.S. Eu Te Amo em 2007; Paris Eu te Amo 2006; A década Under the Influencer 2003, e escritores da Liberdade em 2007.
O filme é baseado em fatos reais, sendo que a história se passa na Califórnia no ano de 1992. Este retrata a violência de gangues e  tensões raciais ocorridas nos bairros pobres dos EUA. Diante desses problemas, a secretaria de Educação do município decidiu instalar em algumas escolas programas de integração, onde diversas raças, culturas e etnias faziam parte do mesmo grupo. É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula, ela chega cheia de expectativas a sala de aula, imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional, tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes nas expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula. Ela também é ignorada pela direção da escola, pois eles também não acreditavam no potencial dela e muito menos no potencial desses alunos.
Em uma aula mencionou uma série de acontecimentos marcantes da história do mundo, como o Holocausto e a segregação racial nos Estados Unidos, na tentativa de sensibilizá-los. Também, tentou mostrar para os alunos o que realmente seria uma gangue, dando como exemplo o nazismo que comparado com as situações existentes naquela unidade escolar era algo grandioso.  Através desse método os alunos foram aos poucos se aproximando e participando, provocando mudanças na realidade da sala de aula e da escola. Apesar de não receber o apoio da direção, que não era aberta a mudanças, conseguiu aos poucos romper com estas barreiras e conquistar seu espaço. Utilizando seus próprios recursos, comprou diários para que os alunos escrevessem a cada dia, um pouco de suas histórias, medos, anseios e esperanças e espontaneamente deixassem num armário para ela ler no final da aula. Ao manter este contato com alunos, e participando de forma ativa ao mundo deles, a professora conquista a confiança, desse modo passa etapa de superação das dificuldades, através da metodologia da escrita em diários, adota um projeto de leitura e escrita baseado no livro “O diário de Anne Frank”, todos os alunos lêem o livro e a partir deste registram em seus diários tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida.     Erin, através da leitura dos diários acaba conhecendo as dificuldades e anseios de seus alunos e isso só torna uma relação de confiança entre eles. Seu esposo não consegue ajudá-la nesse processo e prefere então separar-se, mas mesmo assim ela não desiste de dar suas aulas. Seu pai está sempre presente e se faz  participativo na sua vida pessoal e profissional. Os períodos de aula vão passando e Erin Gruwell prepara seus alunos para um possível afastamento, uma vez que ela só é contratada para dar aula até o 2º ano, ao perceber que os alunos ainda precisam dela para concluir seus estudos, ela luta no conselho de educação para poder dar continuidade com a turma e consegue acompanhar seus alunos até o 4º ano, quando terminaram o ensino médio e alguns passaram para a faculdade. Após ter lido o relato dos diários, resolveu  aplicar o último projeto à turma, criar um livro cujo nome seria  Escritores da Liberdade,  que logo depois foi a grande inspiração para o filme.
O filme Escritores da Liberdade traz na sua essência o resgate e a valorização a “Educação”, muitos profissionais da educação deveriam tomar como consciência este método de ensino, visto que retrata grande parte da realidade de nossas escolas, em que professores e alunos sofrem com a violência e a desigualdade. Essa realidade reflete uma sala de aula tumultuosa e agressiva, que muitas vezes intimida o professor, pois este se sente ameaçado diante de tanta violência. Porém, se o profissional docente não tentar se aproximar dos alunos, conhecer suas angústias e aspirações, não conseguirá motivá-los, continuará distante e intimidado.
Escritores da Liberdade, é um filme de fácil entendimento e que traz significativas abordagens no seu contexto. Dirigido para maiores de 14 anos, eu recomendo a alunos  e professores pois  pode ser tornar um ótimo material pedagógico para ser trabalhado em sala de aula.



Lições de História no Brasil, por Joaquim Manuel de Macedo



Resenha feita para a disciplina Prática de Ensino I, sob orientação do Profº Dr. Miguel R. de Sousa Neto.

Obra de Referência:
MACEDO, Joaquim Manuel de. Lições de História do Brasil. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Garnier, 1905.



O texto lido refere-se á prefação, advertência e a lição 1 – Idéias preliminares 1411- 1499, que fazem parte do livro Lições de História do Brasil, de Joaquim Manuel de Macedo .
O texto é bem organizado. Há nele explicações, quadro synóptico e perguntas.
Por ser um livro de 1905 traz a linguagem daquela época, sua ortografia é conhecida como etimológica, uma linguagem que não é mais usada nos dias atuais por conta dos acordos ortográficos feitos desde 1911.
O autor logo no inicio diz que esse livro é para o uso das escolas de instrução primárias. Entendo que foi destinado como instrumento didático na propagação de conhecimento.
Em “Prefação da primeira edição”, o autor faz a apresentação do livro e discorre sobre a aparência deste, ou seja, ele comenta que, a primeira vista, o compendio pode ate desagradar pela a sua aparente extensão. Ele também fala sobre a metodologia que acredita ser de fácil memorização, que é o uso do quadro synóptico, explicações e perguntas.
A “Advertência” é feita por O.B. que alerta aos leitores o respeito dele em não sacrificar o caráter do livro, ao ser encarregado de completar o livro.
Já na “Lição 1 – Idéias Preliminares”, o autor além de narrar as diversas sucessões do trono português ele também faz referências as navegações feitas pelos portugueses e o conflito com os espanhóis, tudo isso de uma forma bastante descritiva e datada.
O autor começa a história nos meados de 1385, antes mesmo de Portugal se maravilhar com suas admiráveis conquistas. Ele enfatiza a ousadia de D. Henrique que mesmo sabendo dos riscos de se ir além do “cabo de Nun”, fez com que os pilotos avançassem pelo oceano e assim descobrindo um grande numero de ilhas. Depois de D. Henrique, vários outros, sucessores do trono, se empenharam em manter a idéia patriótica dele, ou seja, de ir procurar o caminho das índias. A partir do momento que D. João II assumiu o trono, fez com que Bartolomeu Dias dobrasse o grande cabo que termina a África ao sul. Nesse mesmo período Cristovão Colombo calculou que haveria uma continuação da Ásia e ofereceu essa sua descoberta para Itália, sua pátria, e não foi atendido, nem mesmo por Portugal. Tachado como louco Cristovão Colombo não desanimou e conseguiu apoio da Espanha e a proteção da rainha Isabel e partiu com três caravelas, e em 12 de outubro de 1492 eles avistaram outros navegantes e uma ilha, que chamou de São Salvador, e assim foi descoberto o novo mundo que depois teve o nome de América. Ao chegar com essa notícia na Europa, D. João II arrependeu-se por não ter dado crédito ao piloto. A Espanha recorreu logo ao Papa que lhe concedeu o domínio de todas as terras descobertas e as por descobrir. Portugal, como protesto, montou uma poderosa esquadra para guerrear a Espanha e graças ao Tratado de Tordesilhas não ocorreu o confronto. Com essas conquistas a idéia de D. Henrique estava realizada.
As “Explicações” consistem em explicar de maneira resumida certos termos presentes no texto.
O “Quadro synóptico” mostra de maneira resumida as personagens (atributos dos grandes homens que tiveram participação dessa história); os importantes acontecimentos e feitos com as respectivas datas.
As “Perguntas” são colocadas no texto, afim de que o leitor possa memorizar e entender o que foi lido.
O texto traz a ideologia de que Portugal é um pais forte em suas navegações e descobertas.
Na minha opinião, o texto traz informações de como a navegação e a ousadia de alguns homens foram de fundamental importância para o descobrimento de novas terras.
Considerando o texto e as propostas apontadas pelo autor, acredito que esse material é fundamental para o entendimento de como foi e de como surgiu nosso continente.