sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Escritores da Liberdade

Filme: ESCRITORES DA LIBERDADE
Direção: Richard Lagravenese. 
Produção: Richard Lagravenese.  
 Roteiro: Richard Lavagranese, Erin Gruwell, Freedom Writers. 
Elenco: Hillary Swank; Patrick Dempsey; Scott Glenn, Imelda Staunton; April Lee Hernandez; Kristin Herrera; Jacklyn Ngan; Sergio Montalvo; Jason Finn; Deance Wyatt.  
EUA/Alemanha, 2007.
Duração: 123 min. 
Genero: Drama


Resenha: Escritores da Liberdade 


Richard Lagravenese tem 48 anos, nasceu em 30 de Outubro de 1959 nos EUA, é produtor e tem vários longa metragem, como: P.S. Eu Te Amo em 2007; Paris Eu te Amo 2006; A década Under the Influencer 2003, e escritores da Liberdade em 2007.
O filme é baseado em fatos reais, sendo que a história se passa na Califórnia no ano de 1992. Este retrata a violência de gangues e  tensões raciais ocorridas nos bairros pobres dos EUA. Diante desses problemas, a secretaria de Educação do município decidiu instalar em algumas escolas programas de integração, onde diversas raças, culturas e etnias faziam parte do mesmo grupo. É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula, ela chega cheia de expectativas a sala de aula, imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional, tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes nas expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula. Ela também é ignorada pela direção da escola, pois eles também não acreditavam no potencial dela e muito menos no potencial desses alunos.
Em uma aula mencionou uma série de acontecimentos marcantes da história do mundo, como o Holocausto e a segregação racial nos Estados Unidos, na tentativa de sensibilizá-los. Também, tentou mostrar para os alunos o que realmente seria uma gangue, dando como exemplo o nazismo que comparado com as situações existentes naquela unidade escolar era algo grandioso.  Através desse método os alunos foram aos poucos se aproximando e participando, provocando mudanças na realidade da sala de aula e da escola. Apesar de não receber o apoio da direção, que não era aberta a mudanças, conseguiu aos poucos romper com estas barreiras e conquistar seu espaço. Utilizando seus próprios recursos, comprou diários para que os alunos escrevessem a cada dia, um pouco de suas histórias, medos, anseios e esperanças e espontaneamente deixassem num armário para ela ler no final da aula. Ao manter este contato com alunos, e participando de forma ativa ao mundo deles, a professora conquista a confiança, desse modo passa etapa de superação das dificuldades, através da metodologia da escrita em diários, adota um projeto de leitura e escrita baseado no livro “O diário de Anne Frank”, todos os alunos lêem o livro e a partir deste registram em seus diários tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida.     Erin, através da leitura dos diários acaba conhecendo as dificuldades e anseios de seus alunos e isso só torna uma relação de confiança entre eles. Seu esposo não consegue ajudá-la nesse processo e prefere então separar-se, mas mesmo assim ela não desiste de dar suas aulas. Seu pai está sempre presente e se faz  participativo na sua vida pessoal e profissional. Os períodos de aula vão passando e Erin Gruwell prepara seus alunos para um possível afastamento, uma vez que ela só é contratada para dar aula até o 2º ano, ao perceber que os alunos ainda precisam dela para concluir seus estudos, ela luta no conselho de educação para poder dar continuidade com a turma e consegue acompanhar seus alunos até o 4º ano, quando terminaram o ensino médio e alguns passaram para a faculdade. Após ter lido o relato dos diários, resolveu  aplicar o último projeto à turma, criar um livro cujo nome seria  Escritores da Liberdade,  que logo depois foi a grande inspiração para o filme.
O filme Escritores da Liberdade traz na sua essência o resgate e a valorização a “Educação”, muitos profissionais da educação deveriam tomar como consciência este método de ensino, visto que retrata grande parte da realidade de nossas escolas, em que professores e alunos sofrem com a violência e a desigualdade. Essa realidade reflete uma sala de aula tumultuosa e agressiva, que muitas vezes intimida o professor, pois este se sente ameaçado diante de tanta violência. Porém, se o profissional docente não tentar se aproximar dos alunos, conhecer suas angústias e aspirações, não conseguirá motivá-los, continuará distante e intimidado.
Escritores da Liberdade, é um filme de fácil entendimento e que traz significativas abordagens no seu contexto. Dirigido para maiores de 14 anos, eu recomendo a alunos  e professores pois  pode ser tornar um ótimo material pedagógico para ser trabalhado em sala de aula.



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